Lucro do FGTS começa a ser pago: veja quanto você vai receber

Foi aprovado nesta quinta-feira (24/7) pelo Conselho Curador do FGTS, a distribuição de R$ 12,9 bilhões entre os trabalhadores, valor referente a 95% do lucro obtido pelo fundo em 2023, que totalizou R$ 13,6 bilhões.

Os depósitos deverão ser realizados até o fim de agosto, mas a Caixa Econômica Federal já adiantou que pretende iniciar os repasses ainda em julho. A expectativa é de que os valores estejam nas contas em até quatro dias após a publicação oficial da decisão.

Todos os trabalhadores com saldo em contas ativas ou inativas do FGTS até 31 de dezembro de 2023 terão direito à fatia proporcional desse lucro. Quanto maior o saldo na data, maior será o valor a receber. Para saber quanto vai ganhar, basta multiplicar o saldo da conta em 31/12/2023 pelo índice 0,02042919.

Ao todo, 134 milhões de brasileiros serão beneficiados com a distribuição. Segundo o Ministério do Trabalho, a rentabilidade final do fundo neste ano chegará a 6,05%, superando a inflação oficial de 2023, que foi de 4,83%.

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A consulta do valor pode ser feita pelo aplicativo do FGTS ou no site da Caixa. Quem preferir pode ir até uma agência para solicitar o extrato.

Vale lembrar que, em 2023, o conselho havia autorizado a partilha de R$ 15,2 bilhões do lucro obtido no ano anterior, e em 2022, 99% do resultado foi repassado aos trabalhadores, o equivalente a R$ 12,7 bilhões.

Apesar da nova distribuição, o lucro do FGTS caiu 41,8% em relação ao recorde registrado em 2023 (R$ 23,4 bilhões). Essa queda é explicada, principalmente, pelos altos gastos com subsídios no programa Minha Casa, Minha Vida e pela ausência de entradas extraordinárias como a que ocorreu com o projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Por outro lado, o FGTS arrecadou R$ 192 bilhões no ano passado, 9% a mais que em 2023, impulsionado pelo aumento dos salários e pela formalização de empregos. Os saques também bateram recorde: subiram 15% e atingiram R$ 163,3 bilhões, puxados principalmente pelo saque-aniversário e pelas retiradas emergenciais autorizadas após as fortes chuvas no Rio Grande do Sul.