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“Ele se acha o deus do Brasil”, dispara Arthur Neto sobre ministro Alexandre de Moraes

“Ele se acha o deus do Brasil”, dispara Arthur Neto sobre ministro Alexandre de Moraes

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 06 de setembro de 2024

Em entrevista ao programa Tribuna Livre, exibido na Rede Onda Digital nesta sexta-feira (06/09), o ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, fez duras críticas às recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Virgílio comentou, em especial, sobre o banimento da rede social X (antigo Twitter) e o pedido de impeachment do ministro.

Para Arthur Virgílio, o impeachment de um ministro do STF, caso o Senado considere que houve erros graves, seria uma ação natural dentro das prerrogativas do Parlamento. Ele criticou a postura de Alexandre de Moraes, afirmando que o ministro teria se empoderado excessivamente após sua nomeação.

“Eu o conheci como uma pessoa humilde, de boa conversa, que, inclusive, dependeu bastante de mim para ser nomeado para o Conselho Nacional de Justiça. Hoje, ele se acha o deus do Brasil”, comentou Virgílio.

O ex-prefeito destacou que a ascensão de Moraes teria sido facilitada pela “falta de perspectiva intelectual” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixando espaço para o ministro atuar com maior liberdade. Virgílio citou casos que, em sua visão, são exemplos de decisões desproporcionais tomadas por Moraes, como a condenação de uma cabeleireira, Débora, a 17 anos de prisão por vandalizar uma peça histórica com um batom, durante os atos de 8 de janeiro.


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Segundo Arthur Virgílio, embora o ato da cabeleireira tenha sido desrespeitoso e merecesse punição, a sentença foi exagerada. Para ele, é urgente que se entenda a necessidade de anistiar os presos relacionados aos protestos do 8 de janeiro.

“Tem muito crime sendo cometido ali”, declarou, referindo-se às punições desproporcionais aplicadas aos envolvidos.

Virgílio finalizou reiterando sua esperança de que, se Alexandre de Moraes não rever suas posturas, outros membros das instituições brasileiras possam “cair na real”.