
“A justiça que foi para o Lula tem que ser para o Bolsonaro”, afirma Sassá sobre operação da PF contra o ex-presidente

O secretário extraordinário da Prefeitura de Manaus e ex-vereador da capital amazonense, Sassá da Construção Civil (PT), em entrevista exclusiva à Rede Onda Digital, na tarde desta sexta-feira (18/07), comentou a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado por supostamente arquitetar um golpe militar no Brasil.
Segundo Sassá, que integra o partido do atual presidente Lula (PT), Bolsonaro deve ser julgado da mesma forma que o petista foi no passado, lembrando que, quando Lula foi preso, não incentivou manifestações que pudessem gerar tumultos no país. Para ele, a justiça precisa ser aplicada igualmente a todos.
“A justiça tem que ser para todos. Quando o Lula foi preso, em momento nenhum ele colocou o povo na rua para virar uma guerra civil. Ele disse que iria provar sua inocência. Eu acho que o Bolsonaro tem que fazer a mesma coisa: se for para a cadeia, que vá, mas que mostre lá para o povo dele que é inocente. A justiça tem que ser igual para todos. A mesma justiça que julgou o Lula e o prendeu, é a justiça que precisa alcançar o Bolsonaro”, declarou Sassá.
O secretário também criticou a atuação pública dos filhos do ex-presidente, responsabilizando-os, em parte, pela situação enfrentada atualmente por Bolsonaro. Para ele, as atitudes provocativas e publicações feitas nas redes sociais pelos filhos do ex-presidente contribuem para o agravamento do cenário.
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“O grande problema do Bolsonaro hoje são os filhos dele, que vão para os Estados Unidos, gravam vídeos para provocar o povo brasileiro, ficam falando de taxação de 50%, agora vêm com esse sinal do Pix… E quem paga por isso é o país. Então, eu acho que a justiça que foi para o Lula tem que ser a mesma para o Bolsonaro. Quem sou eu para julgar alguém? Mas a justiça tem que ser para todos — do pequeno ao grande”, finalizou.
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