
Golpe do Enem: veja como quadrilha enganou mais de 25 mil alunos em sites falsos de inscrições

Uma quadrilha especializada em golpes virtuais conseguiu enganar mais de 35 mil candidatos ao Enem, desviando cerca de R$ 3 milhões por meio de sites falsos que imitavam a página oficial do exame. A fraude foi descoberta pela Polícia Federal, que deflagrou nesta quinta-feira (10/7) a Operação “Só Oficial” para desarticular o esquema.
Segundo as investigações, os criminosos criaram páginas idênticas ao portal do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio. Usando anúncios patrocinados em redes sociais e aplicativos de mensagens, eles atraiam os estudantes para os sites fraudulentos, onde coletavam dados pessoais e direcionavam os pagamentos da taxa de inscrição, no valor de R$ 85, para contas bancárias controladas pela quadrilha.
A ação criminosa foi descoberta após denúncias de candidatos que, mesmo após efetuarem o pagamento, não constavam como inscritos no sistema oficial do Inep. De acordo com a PF, pelo menos quatro sites falsos já foram identificados, e as investigações continuam para rastrear outras possíveis páginas.
O golpe funcionava da seguinte maneira: os estudantes preenchiam suas informações pessoais nos portais falsos, acreditando se tratar do site oficial. Ao final, eram orientados a pagar a taxa via boleto bancário ou chave Pix, que direcionava o valor diretamente aos golpistas. Como o pagamento não era feito ao Inep, a inscrição no Enem não era concluída.
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Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Os envolvidos devem responder por estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.
A Polícia Federal batizou a operação de “Só Oficial” como alerta direto à população: as inscrições para o Enem devem ser feitas exclusivamente por meio da página oficial enem.inep.gov.br/participante, que exige login com conta gov.br. Não há qualquer outra plataforma válida para inscrição ou pagamento da taxa.
O Inep e o Ministério da Educação reforçam a orientação: verifique sempre o endereço eletrônico acessado e desconfie de links divulgados por terceiros em redes sociais e grupos de mensagens.
*Com informações do G1.