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Energéticos e problemas cardíacos: Existe relação? Veja o que dizem os especialistas

Energéticos e problemas cardíacos: Existe relação? Veja o que dizem os especialistas

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 04 de março de 2025

Bebidas energéticas têm se tornado cada vez mais consumidas e viraram uma escolha popular para quem busca mais disposição no dia a dia, especialmente entre jovens e trabalhadores que enfrentam longas jornadas. Porém, o consumo de energéticos tem levantado preocupações sobre os impactos na saúde do coração.

Especialistas alertam que o consumo excessivo da bebida pode elevar a frequência cardíaca e aumentar a pressão arterial.

Como energéticos podem afetar o coração?

Recentemente, o ator Rafael Zulu revelou que precisou ser internado após sofrer uma fibrilação atrial devido ao uso excessivo de bebidas energéticas, alertando para esse tipo de hábito.

O cardiologista Marcelo Bergamo diz que o consumo excessivo de energéticos pode provocar insônia, ansiedade e tremores, efeitos que também influenciam a saúde cardiovascular. Estudos indicam que a ingestão excessiva de bebidas energéticas pode estar associada a eventos cardiovasculares graves, como infartos e crises hipertensivas, especialmente quando combinadas com álcool ou em pessoas com histórico de problemas cardíacos.

O risco se agrava ainda mais para aqueles que já possuem condições pré-existentes, como hipertensão e arritmias. Pessoas com doenças cardiovasculares devem evitar energéticos.

Bergamo disse:

“O grande perigo é que muitos consumidores não percebem os riscos, pois os sintomas podem ser sutis no início, mas o uso contínuo pode sobrecarregar o coração”.

A recomendação é moderar o consumo e estar atento aos sinais do corpo.

Além disso, mesmo quem já trabalha com esportes também está em risco. Bergamo afirma:

“Algo paradoxal é que atletas de alta performance também tem um risco até cinco vezes maior de ter fibrilação atrial que pessoas comuns, pelo esforço físico constante e adaptações ao exercício”.


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O que é fibrilação arterial?

O cardiologista afirma que as pessoas devem prestar atenção aos sintomas. Ele diz:

“Os sintomas principais são palpitações, cansaço e as vezes dor no peito. O maior risco da fibrilação atrial não tratada é que ela facilita a formação de coágulos de sangue no coração, que podem migrar para o cérebro e fazer um AVC ou levar a um infarto”.

No fim das contas, existe um limite de energéticos que devemos tomar para não ter risco? O cardiologista diz:

“Não existe quantidade segura de energético, tem a sensibilidade individual”.

*Com informações de CNN Brasil