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Famintos: multidão em Gaza avança em caminhão que trazia alimentos; veja

Famintos: multidão em Gaza avança em caminhão que trazia alimentos; veja

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 31 de julho de 2025

Um vídeo divulgado nesta quarta-feira (30/7) pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) expõe um momento tenso na Faixa de Gaza. Multidões de palestinos famintos cercam um caminhão de ajuda humanitária enquanto tiros são disparados ao redor.

A gravação mostra a areia se movendo com os impactos, ao som de disparos, enquanto o comboio avança lentamente entre a multidão.

Segundo a ONU, milhares de pessoas aguardavam a chegada do comboio com mantimentos.

“Israel estava atirando a centímetros de uma multidão faminta, que correu em direção aos caminhões quando os veículos se aproximaram. Os tiros não cessaram”, afirma o vídeo publicado pelo Ocha na rede X (antigo Twitter).

Uma das integrantes da missão, Olga Cherevko, que acompanhava a entrega, relatou a tensão vivida.

“Uma multidão desesperada nos esperava. As pessoas descarregaram os alimentos com as próprias mãos, sem esperar instruções, movidas pela fome”.

Ainda de acordo com ela, o comboio havia buscado suprimentos na passagem de Kerem Shalom e permaneceu retido por mais de duas horas em um posto israelense antes de seguir.


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A ONU atribuiu os tiros a soldados israelenses, embora não tenha apresentado provas diretas. O governo de Israel, até o momento, não respondeu à acusação. Pelo menos uma pessoa ficou ferida e foi atendida no local por agentes da ONU.

A gravação reforça as denúncias da organização sobre o colapso humanitário em Gaza, onde cresce o número de vítimas da fome e da violência. A crise se agrava em meio ao cerco israelense, com o fornecimento de ajuda enfrentando obstáculos constantes.

O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas que deixou mais de 1.200 israelenses mortos e 250 sequestrados. Desde então, a ofensiva militar de Israel resultou na morte de mais de 60 mil palestinos, segundo dados atualizados por autoridades locais — a maioria, mulheres e crianças.

(*)Com informações do G1.