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Senadores democratas criticam Trump por tarifas contra o Brasil: “Abuso de poder”

Senadores democratas criticam Trump por tarifas contra o Brasil: “Abuso de poder”

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 25 de julho de 2025

Um grupo de 11 senadores dos Estados Unidos enviou uma carta ao presidente Donald Trump na qual criticam o tarifaço de 50% ao Brasil e acusam o republicano de “grave abuso de poder”.

O documento foi divulgado pelo Comitê de Relações Internacionais do Senado.

Os senadores argumentam que a ameaça de impor tarifas de 50% e a investigação aberta pelo escritório do USTR (Representante Comercial dos Estados Unidos) sobre as práticas comerciais brasileiras “têm como objetivo principal forçar o sistema judicial independente do Brasil a interromper o processo contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro”.

A carta diz ainda que as tarifas aumentariam os custos para famílias e empresas americanas, já que os Estados Unidos importam mais de US$ 40 bilhões em produtos brasileiros por ano.

O texto acrescenta que os EUA possuem uma relação comercial superavitária com o Brasil e não registram déficit desde 2007.


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Os senadores pedem na carta que Trump reconsidere, e também afirmam:

“Usar todo o peso da economia americana para interferir nesses procedimentos em nome de um amigo é um grave abuso de poder, mina a influência dos Estados Unidos no Brasil e pode prejudicar nossos interesses mais amplos na região”.

O documento foi assinado pelos senadores Tim Kaine, Jeanne Shaheen, Adam Schiff, Richard Durbin, Peter Welch, Kirsten Gillibrand, Mark Warner, Catherine Cortez Masto, Michael Bennet, Jacky Rosen e Raphael Warnock. Em sua conclusão, a carta diz:

“Os objetivos primordiais dos EUA na América Latina devem ser o fortalecimento de relações econômicas mutuamente benéficas, a promoção de eleições democráticas livres e justas e o combate à influência da China. Instamos vocês a reconsiderarem suas ações e priorizarem os interesses econômicos dos americanos que desejam previsibilidade, e não mais uma guerra comercial”.

*Com informações de CNN Brasil.