
Namorado matou aluna trans da Unesp para não assumir relação, diz Polícia de SP

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na sexta (11/7) dois suspeitos pelo desaparecimento da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, 25, que foi vista com vida pela última vez em 12 de junho. Apesar de o corpo da jovem ainda não ter sido encontrado, o caso é investigado como feminicídio.
Os presos são o namorado de Carmen, Marcos Yuri Amorim, e o policial militar ambiental da reserva, Roberto Carlos de Oliveira, que mantinha um suposto caso amoroso com Marcos.
Segundo as investigações, o crime teria sido motivado pela pressão de Carmen para Marcos assumir o namoro. O suspeito não queria tornar público o relacionamento com a mulher trans, por isso assassinou a vítima no dia 12 de junho, exatamente no Dia dos Namorados.
De acordo com o delegado Miguel Rocha, que apura o caso, Carmen teria montado um “dossiê” contra Marcos, que continha elementos de supostos crimes praticados por ele, como furtos. Este teria sido outro motivador para o crime.
Já o militar seria “comparsa” de Marcos, e o agente “sustentava e bancava os gastos” dele, segundo o delegado.
Os suspeitos negam participação no desaparecimento de Carmen. Ainda segundo a polícia, os dois já foram ouvidos e se declararam inocentes.
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Carmen foi vista com vida pela última vez naquela data, após deixar o campus de Ilha Solteira da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), onde ela cursava zootecnia. No dia em que sumiu, Carmen foi até a Unesp para realizar uma prova. Ela deixou o campus em uma bicicleta elétrica de cor preta. No decorrer da investigação, a polícia analisou câmeras de segurança da região e as imagens mostraram quando a jovem entra na casa de Marcos, mas não sai do local.
Os investigadores estão fazendo buscas nas proximidades da residência do suspeito com a ajuda de drones e cães farejadores.
Com informações de UOL.