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‘Sistema de Saúde Fluvial Inteligente’ para comunidades ribeirinhas do AM surge em proposta de Roberto Cidade

‘Sistema de Saúde Fluvial Inteligente’ para comunidades ribeirinhas do AM surge em proposta de Roberto Cidade

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 25 de julho de 2025

Com o objetivo de ampliar o acesso à saúde em comunidades isoladas do interior amazonense, novas diretrizes do Sistema de Saúde Fluvial Inteligente foram implementadas por meio de um Projeto de Lei nº 92/2025, de autoria do deputado estadual Roberto Cidade (UB). O texto tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

A proposta quer uma implantação de embarcações hospitalares equipadas com a tecnologia de ponta, capazes de atender cidades ribeirinhas e comunidades indígenas. Parte dessa população enfrenta dificuldades históricas no acesso a serviços básicos de saúde.

“Só quem conhece o interior do Amazonas sabe as dificuldades que um ribeirinho enfrenta para superar as barreiras do acesso à saúde. Essas comunidades dependem de deslocamentos longos e dispendiosos até os centros urbanos para obter atendimento médico, o que compromete sua qualidade de vida e agrava desigualdades sociais e regionais”, declarou Roberto Cidade.

Entre os serviços previstos a serem ofertados estão atendimentos médicos e odontológicos, exames laboratoriais, vacinação, pequenas cirurgias ambulatoriais e fornecimento de medicamentos. O projeto também propõe o uso da telemedicina e de prontuários eletrônicos para garantir mais eficiência e continuidade no atendimento.

“A implementação de embarcações hospitalares equipadas com telemedicina e recursos avançados permitirá levar serviços essenciais diretamente a essas localidades, reduzindo o tempo de resposta e ampliando o impacto das políticas públicas de saúde”, completou.

O financiamento do programa poderá ser feito com recursos estaduais, federais e de demais instituições públicas ou privadas.

A gestão do sistema deverá ficar sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que deverá apresentar relatórios trimestrais com dados sobre comunidades atendidas, número de pacientes, tipos de serviços prestados, custos e eficiência do programa.

As expedições de saúde terão duração máxima de 10 dias, com saída e retorno programados a partir de Manaus.


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Valorização profissional

O projeto de Roberto Cidade valoriza os heróis da saúde, com a previsão de um incentivo adicional de 30% sobre o salário-base dos servidores em missão, além de alimentação, hospedagem e certificação com valor curricular.

Cada profissional poderá integrar apenas uma expedição por trimestre, respeitando o sistema de revezamento.

“O adicional de remuneração, aliado ao benefício da certificação, busca atrair e motivar especialistas dispostos a atuar em missões de grande relevância social e humanitária. Essa abordagem também reconhece os desafios enfrentados pelos profissionais em ambientes de trabalho remotos e de difícil logística”, finalizou o deputado.