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CCJ da Câmara aprova projeto de Alberto Neto que prevê castração química de estuprador

CCJ da Câmara aprova projeto de Alberto Neto que prevê castração química de estuprador

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 03 de julho de 2025

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados, aprovou nesta quarta-feira (2/7), o projeto de lei que prevê castração química, de forma voluntária, para liberdade condicional de estuprador.

O autor do substitutivo é o deputado federal Alberto Neto (PL-AM), relator do texto. A proposta consta do substitutivo ao projeto de lei 6.831/2010, do ex-deputado Paes de Lira (SP) e a outros 56 que tramitam em conjunto.

“A castração química é utilizada nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha e não envolve procedimento cirúrgico. De forma voluntária e indolor, não há que se falar em afronta à dignidade da pessoa humana”, disse Capitão Alberto Neto ao defender o método.

Na Comissão o parlamentar destacou que no ano de 2023 o Brasil registrou mais de 70 mil casos de estupro, sendo 60% deles em crianças de até 13 anos de idade, e reforçou a necessidade de penas mais rígidas para esse tipo de crime.

“Vamos proteger as crianças do nosso país, é apenas isso que nós queremos”, afirmou Alberto Neto.

Castração e penas mais rígidas

Além do processo de tratamento químico-hormonal que reduziria o desejo sexual e a libido, o projeto prevê o endurecimento das penas para esse tipo de crime, por exemplo, a pena para estupro, que sai de 10 para 20 anos, violação sexual mediante fraude vai de 2 a 6 para 4 a 8, e estupro de vulnerável a pena vai para 20 anos.


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O texto segue agora para votação em plenário, para virar lei, precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e Senado Federal.

*Com informações de Estadão.