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“Os EUA foram só o primeiro país, não vou parar”, afirma Eduardo Bolsonaro

“Os EUA foram só o primeiro país, não vou parar”, afirma Eduardo Bolsonaro

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 09 de agosto de 2025

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste sábado (8/8) que pretende ampliar para outros países as articulações para impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em uma live transmitida nas redes sociais, o parlamentar disse que os Estados Unidos foram “só o primeiro” e desafiou o magistrado, afirmando que tomará precauções contra um eventual pedido de prisão via Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

“Os Estados Unidos foram só o primeiro, não vou parar. Vou para outros países. Sei que você planeja me prender através da Interpol, mas vou tomar minhas precauções e vou assumir o risco. Vou para o sacrifício, prazeroso, de ter a conta bancária bloqueada por você. Você não tem noção do quanto minha rede social tem aumentado de seguidor”, declarou Eduardo Bolsonaro.

Nos EUA, Eduardo Bolsonaro diz estar atuando para dificultar diálogo dos senadores que tentam reverter tarifaço
(Foto: Reprodução)

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O deputado é alvo de inquérito no STF que apura sua atuação nos Estados Unidos e uma possível participação nas sanções econômicas impostas pelo então presidente norte-americano Donald Trump contra o Brasil. À época, Trump anunciou uma taxação de 50% a produtos brasileiros, criticando o que classificou como perseguição judicial da Corte ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Eduardo Bolsonaro pode ter cometido crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Desde fevereiro, ele permanece nos EUA e declara publicamente que busca sanções para pressionar contra o inquérito sobre o suposto golpe de Estado, no qual seu pai é réu.

Em razão dessas ações e declarações — que condicionaram a suspensão do tarifaço a medidas como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro —, Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, além de restringir seu acesso às redes sociais e proibir contatos com agentes diplomáticos estrangeiros.

Durante a live, Eduardo Bolsonaro reiterou que, caso a pressão continue, “outras autoridades também entrarão no escopo das sanções”. Ele citou a Lei Magnitsky e afirmou que aliados que “não fazem nada para parar” correm risco de serem incluídos na lista, mencionando ainda conversa com o assessor de Trump, Darren Beattie.