Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Senador americano é algemado pelo FBI e retirado de coletiva do presidente Trump

Senador americano é algemado pelo FBI e retirado de coletiva do presidente Trump

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 12 de junho de 2025

O senador democrata Alex Padilla, do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, foi removido à força por agentes do FBI de uma coletiva de imprensa conduzida pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, nesta quinta-feira (12/6), em Los Angeles. Padilla, conhecido por seu posicionamento crítico às políticas migratórias do governo Trump, foi algemado após tentar questionar Noem durante o evento.

O episódio ocorreu quando Noem discursava contra a atual gestão do estado da Califórnia e anunciava detenções relacionadas a protestos de imigrantes. Ao tentar se manifestar, Padilla foi contido por agentes de segurança, mesmo após se identificar como senador. De acordo com relatos, ele chegou a gritar “tirem as mãos” repetidas vezes antes de ser derrubado e algemado fora da sala.

O Departamento de Segurança Interna alegou que Padilla ignorou ordens de se afastar e que os agentes agiram conforme o protocolo. A secretária afirmou desconhecer o parlamentar e disse que ele não havia solicitado nenhum encontro oficial. Segundo a justificativa oficial, ele foi apenas retirado do local, não detido formalmente.


Leia mais

Trump se manifesta após queda de avião que matou 290 pessoas na Índia: “Um acidente horrível”

Trump responde retratação de Elon Musk depois de trocarem farpas: “Achei muito legal”


Já em liberdade, Padilla repudiou o ocorrido, acusando a administração Trump de intimidar representantes eleitos e alertando para os riscos enfrentados por trabalhadores imigrantes comuns. “Se é assim que tratam um senador latino, imaginem como tratam os mais vulneráveis”, afirmou, falando em inglês e espanhol.

O incidente provocou reações intensas em Washington. Kamala Harris, ex-vice do ex-presidente Joe Biden, classificou a ação como “inaceitável” e um “grave abuso de autoridade”. A senadora republicana Susan Collins também criticou o episódio. Em contrapartida, o presidente da Câmara, Mike Johnson, defendeu a remoção e sugeriu que o Senado censure Padilla por sua conduta.