
Trabalhadores da construção civil entram em greve por tempo indeterminado em Manaus

Teve início na madrugada de sexta-feira (27/6), em Manaus, a greve dos trabalhadores da construção civil. A paralisação é por tempo indeterminado e a categoria mobilizou uma manifestação na manhã desta segunda (30) em frente à sede do Sintracomec-AM (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil), localizada na avenida Djalma Batista, ao lado do Millennium Shopping.
Os trabalhadores reivindicam aumento salarial e melhorias na cesta básica. A categoria rejeitou a proposta patronal de reajuste de 5,12% no salário e R$ 25 na cesta básica, considerada insuficiente frente ao aumento do custo de vida e do salário mínimo, que será de R$ 1.518 em 2025. A greve, comunicada ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público, é legal.
A categoria pede um aumento salarial de 12% enquanto o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom-AM), sindicato patronal, inicialmente propôs um reajuste de 3%.
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Valdemar afirmou:
“O patrão teve lucro razoável, mas oferece uma cesta de R$ 225. Queremos dignidade e um salário que acompanhe o custo de vida.
Também reivindicamos uma cesta básica de R$ 600; fim do limite de trabalhadores que recebem a cesta básica; plano de saúde e PLR (Participação nos Lucros ou Resultados)”.
O que pode afetar
Segundo o diretor do Sintracomec, Carlos Valdemar, a paralisação afeta entre 20 e 30 obras diretamente na capital amazonense. Com isso, pode comprometer o cronograma de obras, incluindo projetos residenciais e comerciais.
De acordo com a categoria dos trabalhadores, Manaus possui atualmente aproximadamente 20 mil trabalhadores da construção civil, distribuídos em mais de 30 obras.