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Viagens de barco são suspensas para municípios mais afetados pela seca severa no Amazonas

Viagens de barco são suspensas para municípios mais afetados pela seca severa no Amazonas

Caroline Vasco
Por Caroline Vasco | 25 de setembro de 2024

As viagens de barco para os municípios que percorrem o rio Madeira foram suspensas devido à seca severa que afeta todo o Amazonas. Até o momento, as cidades mais afetadas são Manicoré e Humaitá.

A Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC) da Marinha do Brasil publicou uma portaria em que restringe a navegação noturna em alguns pontos críticos dos rios da Amazônia por causa da baixa visibilidade. Com a estiagem surgem obstáculos como troncos, pedras e bancos de areia causando riscos de encalhamento e naufrágio. A medida foi publicada no dia 18 de agosto de 2023, no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo informações da Capitã reserva da Marinha do Brasil, Jemima Soares, devido à restrição, os donos das embarcações preferem suspender as viagens por que os trajetos são longos e não podem atracar às margens dos rios para não correr riscos de se tornarem alvos de criminosos.


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“A Capitania baixou a portaria que não pode navegar à noite por que não tem condições de ver. A embarcações possuem um equipamento chamado ecobatímetro, que vê a profundidade [da água], mas a gente sabe que os bancos de areia eles se deslocam, então não é propício a viagem noturna. Então, também não é legal para eles [donos de embarcações] a viagem à noite por que eles não têm onde parar”, explicou a capitã.

Ela reforçou que os municípios que passam pelo madeira são os mais afetados. “Toda a navegação que passa pelo rio Madeira está comprometida e o pior que isso vai refletir também no combustível. As balsas que transportam combustível estão ficando todas encalhadas”, afirmou ela.

Os trajetos de Manaus, Humaitá e Porto Velho, em Rondônia, com destino ao município de Manicoré foram todos suspensos. Outra medida tomada foi a mudança de horários em viagens para os municípios de Tabatinga e Borba, além de Santarém, no Pará.

Estiagem

Os 62 municípios amazonenses estão em situação de emergência por conta dos efeitos da estiagem. No dia 5 de julho, o governador Wilson Lima já havia assinado o decreto de situação de emergência para 20 cidades e ampliou para mais 42, no dia 28 de agosto.