Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Moraes ordena que Meta informe dados cadastrais de Mauro Cid usado em suposta conta de Instagram

Moraes ordena que Meta informe dados cadastrais de Mauro Cid usado em suposta conta de Instagram

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 13 de junho de 2025

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ordenou que a Meta informe, no prazo de 24 horas, os dados cadastrais, incluindo e-mail, número de telefone e demais informações, vinculados a uma conta no Instagram supostamente utilizada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A decisão ocorre após uma reportagem publicada pela revista Veja apontar que Cid teria utilizado a conta, que seria da esposa, para se comunicar com aliados do ex-presidente, descumprindo medida que o impedia de acessar redes sociais. O uso desse perfil foi levantado durante interrogatório no próprio STF, quando advogados de Bolsonaro questionaram Cid sobre a movimentação da conta, que já foi excluída da plataforma.

Moraes também determinou que a empresa informe se houve acessos ao perfil @gabrielar702 a partir de outros dispositivos, como computadores e notebooks, entre 1º de maio de 2023 e 13 de junho de 2025.


Leia mais

Mauro Cid nega tentativa de fuga e é liberado depois de depor à PF

Polícia Federal localiza endereço de Carla Zambelli na Itália


A defesa de Mauro Cid nega qualquer relação com a conta mencionada e pediu formalmente ao STF que apure o caso. Segundo os advogados, trata-se de uma informação falsa. Eles afirmam que as mensagens atribuídas ao militar não condizem com sua forma de se expressar, apontando erros de português, vocabulário incompatível e até referências que não foram feitas nos depoimentos oficiais.

“A análise das mensagens demonstra claramente que não são de autoria de Mauro Cid”, afirmaram, classificando o episódio como mais uma “fake news” contra seu cliente.

Os defensores também reforçaram que Cid segue rigorosamente os termos do acordo de delação premiada firmado com a Justiça, incluindo o cumprimento das medidas cautelares. Além disso, criticaram a postura dos advogados de Jair Bolsonaro, insinuando que o questionamento sobre o perfil teve mais interesse em repercussão na mídia do que em contribuir efetivamente com o processo.

*Com informações do Metrópoles