
Projeto quer tornar obrigatório a identificação de ‘Hiperinsulinismo Congênito’ em crianças nascidas no Amazonas

O Projeto de Lei (PL) N. 607/25, de autoria da Deputada Joana Darc (União Brasil), quer tornar obrigatório a realização de exames laboratoriais para identificar o ‘Hiperinsulinismo Congênito’ em crianças nascidas em maternidades e estabelecimentos hospitalares da Rede Pública de Saúde do Estado. A proposta está em tramitação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
“Quanto mais cedo instaurado o tratamento, menores são as chances de a criança desenvolver danos cerebrais”, pontuou a deputada Joana Darck, autora da proposta em sua justificativa.
O Hiperinsulinismo causa uma forma particularmente nociva de hipoglicemia, porque nega o cérebro de todos os combustíveis em que é criticamente dependente.
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais que evidenciam a hipoglicemia em jejum e pós-prandial.
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Hiperinsulinismo congênito é a causa mais frequente de hipoglicemia grave em recém-nascidos e crianças. O quadro de hipoglicemia pode ser grave, apresentando elevado risco de convulsão e lesão cerebral, e aproximadamente 60% dos pacientes apresentam sintomas dentro das primeiras 72 (setenta e duas) horas de vida.
As manifestações clínicas incluem convulsão em metade dos casos, sintomas não específicos (30% dos casos) e hipoglicemia assintomática (20% dos casos). Outros sintomas englobam: tremores, hipotonia, cianose e hipotermia.
O tratamento pode ser altamente complicado, uma vez que pode haver diversos problemas, como a sobrecarga de fluidos, insuficiência cardíaca e sepse. Deve ser realizado monitoramento constante da glicose na corrente sanguínea e a colocação de cateter venoso central para infusão de glicose em elevadas concentrações.