
Prefeito de Palmas é preso em operação da PF que investiga vazamento de informações do STJ

O prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) e mais dois investigados foram presos na manhã desta sexta-feira (27/6) em Palmas, em nova fase da Operação Sisamnes. As prisões fazem parte do inquérito que apura supostos vazamentos de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e foram determinadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Também foram presos o advogado Antônio Ianowich Filho e policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz.
Segundo a Polícia Federal, a operação busca aprofundar as investigações sobre a existência de uma organização criminosa responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas, com impacto direto sobre operações da Polícia Federal.
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O prefeito é investigado por supostamente ter vazado informações sigilosas para o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), em 2024. Em maio, Eduardo foi alvo de buscas durante a 9ª fase da Operação Sisamnes, realizada pela PF. Na época, a PF chegou a pedir o afastamento dele do cargo, mas o pedido tinha sido negado.
Thiago Barbosa está preso desde março de 2025, após determinação do STF. Os diálogos citam que o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho repassou informações supostamente sigilosas sobre o inquérito que investiga a compra de cestas básicas pelo governo do Tocantins para o tio, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Wanderlei Barbosa nega que tenha recebido informações privilegiadas e não é alvo da investigação da PF.
Em maio, Eduardo admitiu que conhece Thiago e disse que eles têm uma relação “de afeto”. O prefeito também negou ter repassado informações privilegiadas.
A PF diz ter indícios de que informações confidenciais estariam sendo antecipadamente acessadas, articuladas e repassadas a investigados, com o envolvimento de agentes públicos, advogados e operadores externos. O grupo é suspeito de utilizar esses dados sensíveis para proteger aliados, frustrar ações policiais e construir redes de influência.
*Com informações de G1