
“Caça às bruxas!!!”: Trump volta a defender Bolsonaro nas redes sociais

Pelo segundo dia consecutivo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Em nova publicação feita na noite de terça-feira (8/7), na rede social Truth Social, Trump voltou a criticar os processos judiciais que Bolsonaro enfrenta no Brasil, classificando-os como uma perseguição política.
“Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!”, escreveu Trump em letras maiúsculas. A mensagem foi acompanhada de um repost de sua própria publicação anterior, feita na segunda-feira (7), em que também condenava as investigações conduzidas pelas autoridades brasileiras.

A primeira publicação de Trump
Na publicação de segunda, Trump comparou a situação de Bolsonaro à sua própria trajetória nos Estados Unidos, onde ele alega estar sendo alvo de uma perseguição judicial por motivação política.
“Estarei assistindo à caça às bruxas de Jair Bolsonaro, de sua família e de milhares de seus apoiadores, muito de perto. O único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil — isso se chama eleição. Deixem Bolsonaro em paz!”, afirmou o presidente americano.
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Desde as eleições de 2018, Donald Trump e Jair Bolsonaro mantêm uma relação de admiração mútua. Trump já elogiou o ex-presidente brasileiro diversas vezes, chegando a chamá-lo de “líder forte” e “bom negociador”. Em sua mais recente declaração, Trump reafirmou essa posição:
“Eu tenho assistido, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”.
Bolsonaro é réu
Bolsonaro é réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele responde por cinco crimes, incluindo tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e formação de organização criminosa armada. Se condenado, poderá cumprir até 39 anos de prisão, segundo estimativas de especialistas.
Além disso, Bolsonaro está inelegível até 2030, após duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022. A segunda, por abuso de poder político e econômico durante os atos oficiais do Bicentenário da Independência em 7 de setembro de 2022.

Em maio deste ano, Bolsonaro teve uma reunião com o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita. Após o encontro, o ex-presidente afirmou que Trump continua atento aos acontecimentos no Brasil, inclusive às ações do Supremo Tribunal Federal.