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Justiça determina prisão de casal suspeito de tentar comprar recém-nascido em Manacapuru

Justiça determina prisão de casal suspeito de tentar comprar recém-nascido em Manacapuru

Arquipo Goes
Por Arquipo Goes | 15 de julho de 2025

A Vara de Garantias do município de Manacapuru decretou a prisão preventiva de um casal oriundo de São Paulo, além de um agente local, suspeitos de envolvimento em uma tentativa de compra ilegal de um bebê recém-nascido. A decisão, nesta terça-feira (15/7), atende a um recurso do Ministério Público do Amazonas (MPAM), apresentado após audiência de custódia.

Inicialmente, os suspeitos haviam sido liberados mediante medidas cautelares. No entanto, após análise do recurso do MPAM, a Justiça reconsiderou e optou pela prisão preventiva, justificando a gravidade do caso e o risco de fuga dos investigados, que não possuem vínculos com o estado do Amazonas.

De acordo com o promotor de Justiça Gérson de Castro Coelho, o caso exige atenção especial, tanto pela natureza do crime quanto pelas circunstâncias em que ocorreu. “O Ministério Público atua para garantir a ordem jurídica e os direitos fundamentais. Essa decisão reforça a importância de medidas rigorosas quando há indícios de crimes cometidos contra vulneráveis”, afirmou.


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O caso

O episódio aconteceu na última sexta-feira (11), quando o casal foi flagrado tentando sair de um hospital de Manacapuru com um recém-nascido, após supostamente repassar R$ 500 a um intermediador. Esse valor teria sido entregue à mãe da criança, que se encontrava em situação de extrema vulnerabilidade social.

Segundo as investigações, o homem que intermediou a negociação também foi preso. O trio responderá por crimes relacionados à adoção irregular e possível tráfico de pessoas.

A prisão preventiva foi decretada com base em elementos colhidos pela investigação, que apontam o aproveitamento da fragilidade da mãe e a tentativa de retirar a criança do estado sem os trâmites legais. A Justiça também destacou que a permanência em liberdade dos acusados poderia comprometer a apuração dos fatos e a proteção à criança.

O caso segue sob investigação e o Ministério Público continua acompanhando os desdobramentos.